Deputada acusada de agredir Nikolas fica de fora de denúncias iniciais, mas caso pode ser reavaliado

Deputada acusada de agredir Nikolas fica de fora de denúncias iniciais, mas caso pode ser reavaliado
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Por Francês News


A deputada federal Camila Jara (PT-MS), inicialmente acusada de agredir o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a retomada do controle do plenário da Câmara na última quarta-feira (6), não foi incluída na lista inicial de parlamentares que terão denúncias analisadas pela Corregedoria. No entanto, o corregedor Diego Coronel (PSD-BA) não descartou a possibilidade de reincluir seu nome caso as imagens revelem conduta inadequada.


A análise das filmagens e fotografias do incidente está em andamento e deve ser concluída até a próxima quarta-feira (13). Caso seja identificada qualquer agressão, Camila Jara poderá responder a processo no Conselho de Ética da Câmara, assim como outros 14 deputados da oposição que já foram denunciados - 12 do PL, um do Novo e um do PP.


Entenda o caso


O incidente ocorreu durante a retomada do controle do plenário pela Mesa Diretora. Camila Jara foi acusada de empurrar Nikolas Ferreira, mas sua assessoria nega agressão, alegando que houve apenas um "empurra-empurra" no qual a deputada teria afastado o colega, que pode ter se desequilibrado. O PL chegou a anunciar que havia protocolado uma representação contra Jara, mas o Diário Oficial da Câmara não registrou nenhuma denúncia contra ela até o momento.


O caso segue um rito diferente de outras suspensões recentes, como as dos deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), cujos processos foram encaminhados diretamente ao Conselho de Ética pela Mesa Diretora. Aqui, a Corregedoria atuará como filtro, analisando as provas antes de eventual encaminhamento.


A deputada Érika Hilton (PSOL-SP) manifestou apoio a Camila Jara, destacando que a petista não foi incluída no pedido inicial de afastamento. "Ao contrário do que foi primeiramente noticiado, a Mesa Diretora não pediu o afastamento de apenas seis deputados, mas sim de 14", afirmou Hilton, questionando as "evidências frágeis" contra Jara.


Enquanto aguarda a decisão da Corregedoria, Camila Jara não se manifestou publicamente sobre o caso. O desfecho deve acirrar ainda mais os ânimos no Congresso, onde governo e oposição travam disputas acirradas sobre o controle da Casa.