Deputada acusada de agredir Nikolas fica de fora de denúncias iniciais, mas caso pode ser reavaliado
12/08/2025 09:13:13
Por Francês News
A deputada federal Camila Jara (PT-MS), inicialmente acusada de agredir o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a retomada do controle do plenário da Câmara na última quarta-feira (6), não foi incluída na lista inicial de parlamentares que terão denúncias analisadas pela Corregedoria. No entanto, o corregedor Diego Coronel (PSD-BA) não descartou a possibilidade de reincluir seu nome caso as imagens revelem conduta inadequada.
A análise das filmagens e fotografias do incidente está em andamento e deve ser concluída até a próxima quarta-feira (13). Caso seja identificada qualquer agressão, Camila Jara poderá responder a processo no Conselho de Ética da Câmara, assim como outros 14 deputados da oposição que já foram denunciados - 12 do PL, um do Novo e um do PP.
Entenda o caso
O incidente ocorreu durante a retomada do controle do plenário pela Mesa Diretora. Camila Jara foi acusada de empurrar Nikolas Ferreira, mas sua assessoria nega agressão, alegando que houve apenas um "empurra-empurra" no qual a deputada teria afastado o colega, que pode ter se desequilibrado. O PL chegou a anunciar que havia protocolado uma representação contra Jara, mas o Diário Oficial da Câmara não registrou nenhuma denúncia contra ela até o momento.
O caso segue um rito diferente de outras suspensões recentes, como as dos deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), cujos processos foram encaminhados diretamente ao Conselho de Ética pela Mesa Diretora. Aqui, a Corregedoria atuará como filtro, analisando as provas antes de eventual encaminhamento.
A deputada Érika Hilton (PSOL-SP) manifestou apoio a Camila Jara, destacando que a petista não foi incluída no pedido inicial de afastamento. "Ao contrário do que foi primeiramente noticiado, a Mesa Diretora não pediu o afastamento de apenas seis deputados, mas sim de 14", afirmou Hilton, questionando as "evidências frágeis" contra Jara.
Enquanto aguarda a decisão da Corregedoria, Camila Jara não se manifestou publicamente sobre o caso. O desfecho deve acirrar ainda mais os ânimos no Congresso, onde governo e oposição travam disputas acirradas sobre o controle da Casa.
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